quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Projeto Reciclagem Digital


O Reciclagem Digital é um projeto surgido no ano de 2008, agora com um ano de existência, que nasceu da iniciativa de minimizar os riscos ambientais causados pelo lixo eletrônico, uma vez que a quantidade de lixo eletrônico produzido hoje no mundo é muito grande. Com isso, pensou-se na maneira mais viável de aproveitar esse lixo e transformá-lo em um produto que beneficiasse a toda a sociedade. Assim surgiu o Projeto Reciclagem Digital, ou simplesmente RD, como é chamado por seu corpo de voluntários.
Os trabalhos realizados pelo Reciclagem Digital são inteiramente gratuitos e destinados a ajudar entidades filantrópicas através da coleta, reciclagem e reaproveitamento o lixo proveniente da Informática, ministrar cursos para a população carente; gerar uma consciência ecológica de combate a degradação ambiental e preservação da natureza através de ações e serviços favoráveis ao meio ambiente; oferecer cursos gratuitos de informática, eletrônica, robótica; promover a sensibilização ambiental e afins, presencialmente e em ambiente virtual; reciclar os conhecimentos que envolvam os procedimentos atualmente adotados para o lixo tecnológico; denunciar abusos contra o meio ambiente; orientar os pontos de coleta do lixo; estimular o artesanato voltado a reciclagem; fazer parcerias com profissionais da área tecnológica interessados em atuar voluntariamente; promover campanhas educativas e palestras de caráter ambiental. Um dos grandes objetivos do Reciclagem Digital é tornar-se uma associação, para que esta possa vir a beneficiar a população, principalmente a carente, da cidade de Feira de Santana e cidades circunvizinhas.


Projeto- Piloto de Reciclagem Digital

O lixo eletrônico representa 5% de todo o lixo gerado pela humanidade; somente no Brasil são descartadas 500 mil toneladas de sucata eletrônica por ano no País. Matéria da revista Galileu, elaborada pela jornalista Marília Kodic, aprofunda o assunto, enfocando o destino final de toneladas de sucata digital e os efeitos nocivos do descarte inadequado para a saúde humana.
Falo desse assunto pois no mês passado, em palestra realizada na UNIMED-RS, provoquei cerca de 100 funcionários a repensarem o descarte na empresa. Além da mobilização interna para arrecadação de insumos para o projeto VenSer, outra ação que surgiu na oportunidade, proposta pelo Jorge Lauro (Desenvolvimento Humano) foi dar um destino adequado para diversos computadores, impressoras e monitores que seríam descartados pela cooperativa. E nós adoramos um novo desafio!
Num primeiro momento, buscamos identificar alguma instituição que fizesse o trabalho sugerido pelo Jorge, de recuperar os computadores e utilizá-los para aulas de informática para pessoas de baixa renda. Não encontrei e, em conversa com o amigo Rodrigo Jacobus, também um ativista social, que atua na área de informática, com 10 anos de experiência  ministrando aulas de montagem e manutenção de computadores no SENAC-RS, surgiu a idéia de um projeto-piloto para a Reciclage: reciclagem de computadores e fornecimento dessas novas máquinas a pessoas de baixa renda e organizações sociais a preços populares.
Muitas vezes, uma máquina deixa de funcionar por pane em algum componente ou o avanço tecnológico faz com que seja mais interessante a aquisição de uma máquina nova. Entretanto, na grande maioria dos casos, seria possível recuperar essa máquina e a mesma poderia ser útil para funções básicas de um computador, tais como navegação na internet, redação de textos, etc. Entretanto, para tal reaproveitamento é necessário um conhecimento extremamente técnico e específico, o que faz com que os profissionais da área de informática também recomendem que as máquinas sejam descartadas e adquiridas máquinas novas, mais potentes e cada vez com preços mais acessíveis.
Assim sendo, cerca de 40 computadores, além de monitores e impressoras foram doadas pela UNIMED-RS para esse projeto-piloto da Reciclage. Iremos fazer um mutirão coordenado pelo Rodrigo, onde serão repassados conhecimentos para montagem e manutenção de computadores. Estimamos que dos 40 computadores conseguiremos fazer cerca de 20 a 25 computadores reciclados. Com os componentes  restantes, vamos desenvolver brindes e utilitários.
O objetivo é o fornecimento dessas máquinas a preços populares, menos de 100 dólares (cerca de 150 reais), valor esse que será destinado a esse trabalho de reparação e manutenção. Essas máquinas serão fornecidas a pessoas comprovadamente de baixa renda e, de preferência, sem acesso digital. Também poderão se candidatar aos computadores, organizações sociais que necessitem de equipamentos. Para isso, o compromisso dos compradores dos computadores será de dar um depoimento para colocarmos no nosso site, bem como de comprovar a situação de carência. Interessados devem entrar em contato por email.
Agora, o primeiro passo é arregaçar as mangas e checar as condições desses equipamentos e começar a trabalhar. Vamos mantendo todos atualizados aqui no blog. Obrigado, UNIMED-RS por ter acreditado nesse projeto-piloto de reciclagem e inclusão digital que acreditamos que poderá render muitos bons frutos!


por Hosana Amaral. Enviado por Ana Paula Gomes 

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